É engraçado como num espaço de apenas breves momentos ínfimas coisas nos brotam um sorriso nos lábios e pequenos pormenores nos apertam no coração.

Até que a teoria do Frankestein me parece apelativa. Pegava-se uma parte daqui, outra dacolá e ficávamos com a pessoa ideal ao nosso lado. Mas depois penso que isso seria ligeiramente aborrecido, porque não teríamos as diferenças que por vezes não deixam de ser necessárias num relacionamento. Afinal, não há nada perfeito e eu detesto monotonia... acho que alguns arrufos fazem bem ao nosso crescimento interior.

Mas será que somos nós que não nos contentamos com o que temos e andamos numa procura constante da perfeição ilusória? Ou será que no fundo sentimos que aquela ainda não é A pessoa?

Pior é quando nos afastamos de alguém que tivémos por longos anos ao nosso lado e por mais voltas que a vida dê, por mais que se trilhe diferentes caminhos, por mais que se navegue em diversas águas, não se consegue deixar de sentir por vezes o regresso à estaca zero...

E não sei se isso será bom, tendo em conta as circunstâncias. Mas tudo parece um feitiço inquebrável.

Destino, hábito ou sentimento... esse é o cerne da questão. Uma questão dúbia por si mesma e bem rodeada de dúvidas que ajudam a alimentar a questão em si.

"(...)Oh you don't mean nothing at all to me (...)
Oh you could mean everything to me(...)"